segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Idéia de liberdade

Já faz tempo que nada posto aqui.
Mas a idéia é essa mesmo: fazer o que eu bem entender deste espaço!
Por textos quando eu quiser, na hora que eu quiser, sobre qualquer tema etc.
Isso é liberdade!
Seja livre.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

CONFERÊNCIA REGIONAL GRANDE ABC DE DIREITOS HUMANOS – DEMOCRACIA, DESENVOLVIMENTO E DIREITOS HUMANOS: SUPERANDO AS DESIGUALDADES (RELATÓRIO I)

02 de Agosto de 2008, Fundação Santo André.

Relatarei aqui as principais discussões sobre os temas que foram abordados na abertura da Conferência Regional Grande ABC de Direitos Humanos, na qual estive presente como membro da Sociedade Civil do Município de Mauá.

A abertura do evento, ocorrida por volta de 09h05m, com uma apresentação cultural incorporando os mais diversos estilos de danças (samba, techno, bolero entre outros), inspirou os que ali estavam com a delicadeza e otimismo distribuídos pelos dançarinos. A apresentação durou 23 minutos aproximadamente. Quando transcorrido este tempo, ao palco do auditório foram chamadas pela voz grave de um mediador algumas personalidades públicas. Seguindo a ordem abaixo, foram eles:


Prefeito do Município de Santo André, reitor do Centro Comunitário de Santo André, representante da Secretária Estadual de Justiça de São Paulo e uma representante da Sociedade Civil.


Após estas convocações o Hino Nacional fora entoado ao público, que ficou de pé. Contemporaneamente, ao fundo num telão à direita do tablado, eram exibidas imagens “felizes” de diversas partes do país e a letra do próprio Hino, inspirando novamente algumas pessoas e os mais sensíveis. Confesso que isso não me comoveu, e a muitos também não.

Isso ocorrido. O narrador chama pelo microfone, gravemente, para uma apresentação discursiva, as pessoas acima citadas. Segue aqui uma breve síntese do que foi dito por eles.

Representante da Sociedade Civil – Relatou alguns fatos que iam da violência no Grande ABC ao machismo e o movimento negro.
Ela propunha debater os eixos temáticos (ver estes, ao final) para solucionar os problemas da Sociedade Civil.

Representante da Secretária Estadual de Justiça de São Paulo – Ponderou o Município. Disse que as finalidades desta Conferência eram contribuir para a Conferência Nacional de Direitos Humanos, efetuando a Revisão Nacional dos Direitos Humanos e “trazer a palavra para a população menos favorecida”, citou ele.

Reitor do Centro Comunitário de Santo André – Expressou que estava contente pela participação e leu um discurso que tinha como idéia suma a superação das desigualdades.

Prefeito do Município de Santo André – Com um tom de indignação aparente relatou o triste fato de haver épocas de abusos em que a consulta das diretrizes dos Direitos Humanos é obrigatória. Que as idéias principais da Conferência devem ser: a democracia, a justiça e a paz e que todos são contribuintes para que tudo ocorra em qualquer direção.
Falou ele também no resgate da paz, da justiça e da igualdade social, encerrando as apresentações e a abertura da Conferência.

Estes são os eixos orientadores que serviram de corpo aos debates que ocorreram na Conferência, a fim de se obter algumas propostas as diretrizes dos Direitos Humanos:

§ Universalizar direitos em um contexto de desigualdades;
§ Violência, segurança pública e acesso à justiça;
§ Pacto Federativo, responsabilidades dos três poderes, do Ministério Público e Defensoria Pública;
§ Educação e cultura em Direitos Humanos;
§ Interação democrática entre Estado e Sociedade Civil;
§ Desenvolvimento e Direitos Humanos.


Obs.: Limitei-me em não colocar os nomes dos representantes neste resumo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Democracia e direitos humanos são destaques em conferência

Abaixo segue uma breve reportagem contida no website do jornal Diário do Grande ABC sobre a Conferência Regional Grande ABC de Direitos Humanos que estive presente como participante da Sociedade Civil, ocorrida no dia 02 de Agosto de 2008 (Sábado).
Estou preparando um texto, que em breve estará aqui sobre os acontecimentos deste dia. Aguardem por favor.

Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC

Mesmo com a falta de políticas governamentais voltadas para os direitos humanos, o Brasil ao longo dos anos, principalmente a partir de 1970, conseguiu evoluir no reconhecimento e na multiplicação de planos, principalmente na área da educação.

A análise foi feita sábado, pela professora da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) e socióloga Maria Victória Benevides, durante a Conferência Regional Grande ABC de Direitos Humanos, na Fundação Santo André.

A especialista comentou a importância da parceria entre democracia e direitos humanos. "As pessoas precisam expor seus pensamentos e necessidades. Isso faz parte da idéia de liberdade. Vi aqui na região a participação ativa de grupos e organizações que estão em busca de levantar quais são suas carências e o caminho para a democracia", disse.

A Conferência Regional Grande ABC de Direitos Humanos, foi organizada pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, a Prefeitura de Santo André e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.


Fonte: http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=1&id=19238

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pensamentos pessoais, ditos ao pé do ouvido

Tais linhas são escritas pela perspectiva da tristeza e da melancolia.
A tristeza, que não demonstro para meus amigos pessoais, está bem imposta em meus pensamentos diários.
A melancolia, é por saber que a discussão foi inútil. Sinto-me lento!
A ilha de repouso que deveria ser a família, na verdade para mim não é. O repouso não passa de fonte de mistérios e ilusões. Algo que me dá independência forçada. A independência que não queria, mesmo sabendo que ela existia.
São estes problemas que me levam a sempre querer estar em comunicação com as pessoas que me rodeiam (e as que eu procuro)? É a carência em manifestação ativa? Não tenho estas respostas e muitas outras. Queria poder saber.
O pior de tudo, o clímax da minha situação, é que a solução não partirá de mim. Desta vez não tenho o controle total, talvez nem parcial da situação.
Estou triste por mim e por ele. Estou lamentando o ocorrido hoje de manhã (o que sempre acontece). Suas palavras mesmo sem sentido lógico me afetaram intrinsecamente. Causa minha dor! Seus dogmas são maus!...
Não quero encher os que aqui visitam com minhas coisas pessoais; mas preciso conversar com quem esteja disposto a ouvir. Preciso de ajuda, e sei que ela pode estar dentro de mim. A resposta pode estar lá dentro, no íntimo, no interior.
Devo ficar melhor por obrigação. Tenho UMA VIDA; que seja ela a melhor! Ele não pode me destruir... Somente tentar!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sociedade: evolução?


Existe uma dúvida que tento decifrar a tempos - uma das muitas: para que a humanidade "corre"? Para onde ela "quer" ir?
Segundo Malinowski, em sua obra, Teoria Científica da Cultura (1944), existem motivações universais no homem e Langer disse: "talvez o homem 'corra' para evoluir (...)".
Doravante, se olharmos microscopicamente este 'indivíduo' veremos que seus órgãos
atuam para sua sobrevivência e que agindo de forma organizado executa esta tarefa muito bem. O corpo humano é assim. Executa tarefas para sobreviver; Agora se tirarmos a lupa que observa estes seres 'individuados' veremos que novos organismos são observáveis e que, de forma complexa e macroscópica estes formam novas organizações dando estrutura a um universo inteiramente novo -- a sociedade. Talvez isso seja truísmo. Mas creio que seja relevante citar.
Agora, retire mais uma vez a 'lupa' que cobre o todo e o que temos? tudo?
E para que este 'tudo' serve? Aprimorar-se constantemente e gerar novos cosmos? Para manter o senso social? Que exatamente?
Por hora, concordo com a citada filósofa Susanne K. Langer, onde diz que o homem corre para evoluir. E entendo que isto gerará novas indagações e questões à serem estudadas: evolução, motivações, indivíduo entre outros. Lamento.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Marte, ciência e ficção


Escrevi o primeiro capítulo da "história!" que estou criando para ajudar em meus estudos sobre Física.
A história se passará em 2101 e tratará principalmente de uma alusão a criação de colônias no planeta Marte (que inicio-se em 2054, segundo meu texto). No texto irei destacar algumas questões científicas e interessantes quanto a matéria de Física (mecânica, termodinâmica, ondulatória entre outros). O material será narrado por um jovem cientista que está de férias na Argentina (ao que chamei de férias-científicas). Espero agradar ao menos os fãs de ficção.
Tratarei de terminar o quando antes -- deixar a prolixidade -- já que estes estudos irei também utilizar para o próximo vestibular.

Imagem: http://mpfwww.jpl.nasa.gov/MPF/ops/81696_full.jpg

terça-feira, 17 de junho de 2008

Enganos

Com o véu doce que cobre a claridade do dia, chamando-me,
Viria a chama que queima a luminosidade fantástica da luz?
Seria apenas cinzas de sentimentos que são aleatórios, queimando-me.

Sobre mim a noite e o breu.
Sem ela. Por isso?
Achei que estava no brilho, do céu?
Então queimar é um risco.

Quando a verdade chegará?

sábado, 14 de junho de 2008

Os Discursos: Jean-Jacques Rousseau


Há dois discursos deste autor que li e estou lendo, respectivamente: Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens e Discurso Sobre as Ciências e as Artes; ambos contidos em um só tomo de uma coleção muito bem conhecida por estudantes de filosofia e simpatizantes. Os Pensadores, Editora Nova Cultura, 1999.
A tradução deste é feita por Lourdes Santos Machado e as introduções e as notas, por Paul Arbousse-Bastilde e Lorival Gomes Machado.

Este filósofo impressiona pela sua amplitude erudita e caracteriza-se, a meu ver, como grande “investigador histórico” e defensor da natureza humana.
Longe de ser superficialista, como já foi acusado por seus contemporâneos, sua forma sublime e simples de discursar dá a resposta à algumas indagações da sua época (e talvez da nossa também) de forma bem relevante, e suficientemente bem para ganhar o prêmio da Academia de Dijon e a compreenção de todos (inclusive de leigos).
Na Segunda Parte do primeiro discurso (p. 87), Rousseau tentará te convencer de sua tese quanto as origens da desigualdade, manifestando vez por outra que seu texto deve ser encarado de forma hipotética e levando às alturas o estado natural do homem (fato que se repetirá sempre em suas obras). Creiamos que ele felizmente se contradiz e passa muito longe de simples conjecturas; nestas obras fundamenta tão expressivamente seus pensamentos que de nada são somente teóricos ou poéticos. Rousseau, não abstrai-se de forma alguma em suas crenças e desejos (exceto pela visão teológica e metafísica) e têm como grande base obras de Diderot, Condillac, Grócio, Buffon e Montaigne.

Gancho metafísico – Rousseau não responde questões pertinentes a isso (não é a sua intenção de fato), mas não rejeita a hipótese. Ele também ignora a teoria evolucionista das espécies e eventos sobrenaturais em seus discursos.

Por conseguinte, como passo de formação política Rousseau deve ser apresentado a todos. Deve ser estudado para se obter por fim o conteúdo de suas premissas históricas, como: procedências da sociedade civil. “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para creditá-lo.”, origens da comunicação verbal. “Concebe-se que, entre os homens aproximados desde modo e forçados a viver juntos, teve de formar-se um idioma comum...”, arte. “A invenção das outras artes foi, pois, necessária para forçar o gênero humano a dedicar-se à arte agrícola.”, entre outras.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Passagem para o conhecido saber (sobre rascunho)

Estou escrevendo sobre o Saber que me empregaram quando criança --algo um tanto prolixo. São coisas que levo em conta, pois até então não sabia lidar com este tipo comum de conhecimento; mas levo comigo sempre as memórias daquele período e confeso que não sei observar com imparcialidade as crianças deste meu estado atual.
Estou sobre uma rocha que não quer ceder e, tenho medo pois quando tudo está calmo, o antagônico ruído chega com contraste embrutecedor; Espero algo acontecer que me transforme novamente, assim como "a cobra troca sua pele para sobreviver."
Leitores, aguardem meus estudos. Será no mínimo curioso ter seus comentários; Gosto de colocar as coisas em praça pública. Do debate. Da dialética sagrada!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Simples Crítica ao Padre Melchior

Apeteço conhecimento axiomático. Filosofia do marco que fica depois do pós-moderno. Que não têm intenção à dar para alguém seu conteúdo volumoso ou adquirir valor material.
Quero disseminar filosofia para gerar filosofia fidedigna e libertadora. Poder achar a verdade das coisas simplesmente.
Aqui critico um equívoco sem tirar a louvação de um gênio da literatura nacional. Sem dúvida sua opinião é válida e repleta de expressão. São raros os homens iguais a este. Ele é Machado de Assis.
Conhecendo sua reputação inabalável e sua importância cultural literária, busquei em seus livros entendê-lo. Assim sendo, não apreendi como correta certa opinião dada quando eu estava no exercício de leitura no romance Helena:

"- És forte? Perguntou o padre.
- Sou.
- Crês em Deus?
Estácio estremeceu e olhou para o ancião, sem responder.
Melchior insistiu:
- Crês?
- Essa pergunta...
-É menos ociosa do que parece. Não basta supor que se crê; nem basta crer à ligeira, como na existência de uma religião obscura da Ásia, onde nunca se pretende por os pés. O Deus de que falo, não é só essa sublime necessidade do espírito, que apenas contenta alguns filósofos; falo-te do Deus criador e remunerador, do Deus que lê no fundo de nossas consciências, que nos deu a vida, que nos há de dar a morte e, além da morte, o prêmio ou o castigo. Crês?
-Creio."


(Helena, Machado de Assis, Editora Três/Obras Imortais da Nossa Literatura, 1972, P. 153)

Com isso, Machado de Assis, e seu personagem padre Melchior, aludiram pejorativamente a outras religiões e muito mais a filosofia – a parte que me enternece e propõe algo bem maior do que saciar "necessidades de espírito".
Tal opinião tange questões contemporaneamente peculiares. Guia opinião para aqueles que não possuem uma, dita regras e preceitos para o público massificado e generaliza, sendo isso um grande mau universal.
O "padre Melchior" sabia disto, usou esta técnica e "convenceu" Estácio. Empregou seu poder e fez simplesmente a defesa de suas crenças.
Nesta crítica, deixo claro que não assinto com o pequeno trecho que serve de exemplo de equívoco. Uma outra temática deveria ter escolhido Machado de Assis pela boca do padre Melchior. Lamento por isso.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Galeria da reflexão

Na galeria da reflexão filosófica encontrei uma caverna para alojar-me. A mesma que outros já o fizeram. Aprendi algo sobre amor, e suas retóricas. Tirei minhas conclusões, baseando-me em lógica, tomadas por silogismos.
A premissa principal era eu mesmo. A secundária tratava-se do "sentimento de amor". Descobri que afava apenas o que amava. E que o amor é aquilo que é bom, que causa o bem, que é prazeroso e extremo. Complexo de escrever. Muitos tentaram; ousaram criar formas de amar.
Na caverna onde estou alojado o amor se foi. Mas deixou suas formações; algo para refletir.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Prisão (lastimável)


Sinto uma vontade imensa
De continuar a ver você
Sei que estou errado – é o peso da sentença
Não mais poder te ver

Preso nas correntes do amor
Penso sempre na tua beleza
Não sei onde coloco tanta dor
Disso tenha certeza

No último dia em que falamos
Foi o julgamento para mim
Tristemente fui embora – choramos
Encontrei-me na prisão, era o fim

(2x)
Preso com o amor
Nas jaulas da saudade
Preso com o amor
Você é a minha liberdade

quinta-feira, 6 de março de 2008

Jangada

Venha buscar-me, ó jangada!
Descer os rios e passar os mais enredos
Entrar em uma correnteza - navegar
Aprender com a torrente seus segredos

Procure-me no cais
Onde a noite é sempre clara
Esperando, estarei lá, companheira da lua
Ó jandagada sempre rara

Passei a cantar as notas
Ouvindo a correnteza
Numa única inspiração
Tentar sentir sua leveza

Queria que tu viesse!
Cruzar nossos caminhos
Mostrar o meu destino
Para não viver sozinho...

Ó jangada sempre rara
Busque-me entre as águas
Ouça o meu encanto
Que lamenta em noites claras...

Ó jangada...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Reflexão cotidiana (pela rua)

Só conhecemos o que perdemos se soubermos o que foi perdido?
Caso não saibamos o que se perdeu não saberemos se existiu, então não faz diferença (teoricamente não existiu de fato). Questões muito complexas posso dizer e me fazem refletir a todo instante sobre o que sabemos de fato sobre nossas vidas.
Quando notamos a perca, então notamos a necessidade. E quando não notamos tal perca então "aquilo" não era necessário.
Mas quem garante que sabemos "tudo" o que precisamos para notar algo que perdemos? E se por acaso perdemos coisas e não sabemos o que, por não entendermos a sua necessidade básica?
E se alguém se beneficia com o que deixamos de lado, simplesmente por ignorância, e assim produz algo ruim, muito ruim - que nos afete -, ou algo bom, mas que não nos beneficia como deveria ser essencialmente.
Bem, saber das coisas implica na ação de refletir, e isso os ignorantes não fazem.
"Os ignorantes" simplesmente não questionam, não sabem o que perdem nem o que necessitam. "Ações práticas de reflexão não seriam úteis, de modo prático" - pensam. Mas à eles tenho o seguinte pensamento: Valorização!
A noção de perpetualidade da sabedoria nunca esteve tão ativa como em nossa era, a da "onda do conhecimento" (Alvin Toffler), e se pensarmos em uma corrida de bastões, veremos que estamos cançados e bem a frente dos que passaram seus bastões inicialmente.
Saberemos que existem outras formas de se passar o "bastão" e que isso é perpétuo e contínuo.
Creio que esta "chance" (vida) deve ser aproveitada, como o máximo de sabedoria. Questionar tudo para chegar a verdade! A "verdade". Uma verdade não imposta, mas sim entendida naturalmente e necessária para quem reflete.
Na "corrida", competimos com que afinal? acho que com os "bastões".

domingo, 2 de março de 2008

As Doutrinas e a Ordem Social


Creio que uma pessoa realmente crítica, no sentido “aureliano” de interpretar (adj. 1. Relativo à crítica. 2. Diz-se daquele que tende a observar apenas os defeitos. 3. Difícil, penoso. 4. Perigoso. 5. Decisivo. S. m. 1. Pessoa que pratica a crítica. 2. Maldizente. [Dicionário Aurélio]), exceto pela última interpretação, fará julgamentos e indagações a respeito de tudo que a rodeia extrinsecamente de forma complexa. Por ventura, caso o nomeado crítico, seja lá de qual for o assunto referente à crítica, será sim interpretado pelo último significado – maldizente – de forma injusta, acredito. Agora saíremos do óbvio, até certo ponto para alguns, e vamos decorrer minha idéia para este texto crítico.
Bem, quando hoje me sentei em frente ao computador para escrever, estava com uma idéia muito bem definida do que e sobre o que iria textificar aos leitores – algo que em breve escreverei. Pois bem. Acabei mudando de idéia quando em minhas mãos lancei parte da enciclopédia Larrousse Cultural. É, aquela de capa vermelha e letras douradas, pesada e bem interessante, um pouco antiga (ed. 1995), e com conteúdo amplo sobre as histórias e estórias humanas universais que sempre destaco aos amigos. Peguei o volume 16 (MAN-MOD) e li rapidamente algo sobre Maquiavel (se não o sabem devem conhecê-lo! Leiam O Princípe.), sobre o Maracanã (ele ainda é o maior estádio do mundo? Realmente não sei. Preciso que alguém me diga.), e por fim ao meu destino: Milenarismo.
Para ser sincero, meu interesse não foi aleatório. Pelo contrário, tenho muito motivos para saber disso, e acredito que você também.
O Milenarismo foi uma doutrina cultivada por certos escritores cristãos dos séculos primários. Por onde se aclamava as profecias do Velho Testamento e do Apocalipse da Bíblia Sagrada. A finalidade destes escritores “milenaristas” por assim dizer, era a propagação da idéia de que um dia, após o Juizo Final, Jesus Cristo reapareceria na Terra para reinar por mil anos. Mas o grande fator aqui a variável influência: sabe-se que tal doutrina influenciara grandes denominações protestantes cristãs tais como, as Testemunhas de Jeová, os Adventistas do Sétimo Dia e os Mórmons.
Os milenaristas contestavam a ordem social e política que havia em sua época (desigual, pervertida, decadente, amoral e imoral, relevâncias familiares ainda a nós atualmente, não?), esperando uma liberdade que viria em forma de paraíso, trazido pelo retorno de uma figura divina e carismática (associada a Jesus Cristo essencialmente, como relatado acima).
Hoje, as mesmas características enfadonhas são encontradas na sociedade, não obstante, tais doutrinas não são mais cumpridas pela essência inicial. Muito pelo contrário. Vejo as doutrinas contemporâneas deixando de lado as questões sociais como um todo, cultivando somente a parte subjetiva-espiritual, retendo o poder religioso para dominação cultural.
Ouso até dizer que em muitos casos elas mesmas causam certa diferenciação de classes sociais. Não distingüindo-se muito da política má que supostamente os milenaristas combatiam nos séculos iniciais.
Por outro lado me indigno em saber que eles, os mileraristas, falharam de certa modo.
Ao meu ver, se suas idéias fossem realmente eficazes a ordem social teria mudado de fato (ao menos um pouco). Eu seria um hipócrita se seguisse estas teorias milenaristas, penso.
Você não se questiona sobre o verdadeiro papel social das doutrinas religiosas?
Não deseja que elas possam ser mais eficazes como linguagem social, já que retém grande poder cultural-político, além é claro do chamado poder espiritual?
Devemos esperar por um salvador ao invés de lutar por um “mundo real” melhor?
Bem, eu não esperarei, como os milenaristas fizeram. Farei alguma coisa que não segregue a população (é minha vontade), afinal estou vivo por hora e os milenaristas falharam em essência, e já morreram. Nesta sociedade você é tal cidadão como qualquer um! O poder na unidade ainda é válido. Pense e aja, seja lá qual for sua doutrina!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Tecnologia Digital e a Política

Não precisamos ser muito atentos às notícias diárias para sabermos o que ocorre na política do país atualmente: escândalos com painéis eletrônicos do senado, o famoso “mensalão”, saturação de cartões de crédito do governo – para citar alguns. O ponto relevante que proponho destacar aqui é o fator tecnologia em quanto meio de exposição destas informações. Cada escândalo deste se apresentou sempre acompanhado de aparatos tecnológicos como os já acima citados painéis eletrônicos, cartões de crédito e microcâmeras secretas no caso do mensalão. É bem comum, quando há apreensões efetuadas pela Polícia Federal, vermos HDs, notebooks e microcomputadores também.
É fácil entender o papel que a tecnologia digital tem em nossa política contemporânea e entender que ela ajuda a investigar nossos legisladores de forma mais efetiva, direta de certa forma.
Todas as transações financeiras geram relatórios que são armazenados em alguma “base de dados”, que posteriormente são utilizados para pesquisas investigativas se necessário; O processo também ocorre nas transações que o dinheiro público sofre, assim como qualquer transação específica do governo, ou da população.
O governo mostra algumas destas transações no agora famoso “portal da transparência” que apelidei mordazmente de “pseudo-relatório testemunhal”, onde o uso dos cartões de crédito do governo são mostrados por meio de listas de débitos, com informações mínimas – valor, razão social onde o débito fora efetuado etc. – a fim de elucidar a população dos gastos ocorridos.
Creio que tal meio de investigar é bem interessante quanto aos fatores rapidez e agilidade nas informações. Qualquer um que tenha um computador com internet pode fazer sua própria averiguação nestes dados. O que não concordo, e posso dizer com certeza que a população em geral também não, é o fato de estes dados serem limitados.
Sou um profissional da informática e sei perfeitamente os limites que existem em certas aplicações programacionais. Na programação de computadores muitos aplicativos são vorazmente fantásticos na utilidade. Transcendem a imaginação e lidam com números infindos de variáveis. Para exemplificar cito os aclamados aplicativos da Google, o Google Maps, Google Earth e Google Mars. Imaginem vocês quantas inconstantes existem nestes aplicativos extremamente complexos e quantas subjetividades são denotadas quanto a visão do programador. Seria necessária mais de uma página dessa para citar todas as variáveis que foram possivelmente utilizadas.
Partindo deste ponto de vista onde a tecnologia digital pode lidar com tantas variáveis quando for necessário, então podemos transportar esta tecnologia para nossa política se quisermos. Os aplicativos do tipo “pseudo-relatório testemunhal” deveriam ser mais esclarecedores, assim como o Google Maps é, deveria ser tão elucidativo quanto tal aplicativo. A tecnologia permite isso. Um fato!
Se tal possibilidade fosse empregada em todas as transações do governo poderíamos então “investigar” melhor as andanças do dinheiro público e assim também inibir logros, cada vez mais comuns atualmente. Cada cidadão seria um “detetive amador”, agindo por conta própria em nome da sociedade. A fiscalização seria mais efetiva e as fraudes mais incomuns. Uma possibilidade perfeita do país ser uma nação mais justa.
Mas a grande questão é: será que tal ferramenta seria de interesse para os políticos atuais? Será que isto é viável para os malfeitores dos bens públicos? Bem, minha opinião é NÃO, e a sua?
O que podemos fazer agora, enquando cidadãos é exigir este direito. Saber o que acontece com o que é nosso. Usar a tecnologia disponível a nosso favor. Fiscalizar sempre e exigir! Assim teremos certeza do destinatário e a Ordem e Progresso ocorrerá como previsto na filosofia proposta por Auguste Comte, o positivismo, que a Bandeira Nacional apresenta sempre. Pense!