sábado, 6 de abril de 2013

Ode


Sai para caminhar, fiz supostas amizades e assim fui apresentado ao mundo boêmio e das gargalhadas que disfarçam as tristezas profundas. Conclui que estão nestes bares as pessoas que precisam de ajuda (e eu não pude ajudá-las). Observo o quando posso esta juventude (na qual estou inserido) e buscando obter uma compreensão, fixo-me no comportamento padrão dos presentes. Torno-me então parceiro, companheiro, talvez ainda, um amigo – ou apenas um participante ou ator.

É provável, baseando em conversas informais, que todos estão lá apenas escalando a liberdade. Caminhando contra a onda das convenções sociais moralistas do nosso tempo – o século 21. Com o pouco de conhecimento de história que possuo, encontro a conclusão temporária de que vivemos em uma sociedade exigente moralmente, porém, esta sociedade possuindo um código de conduta rígido (e contraditório) de representação é ensaiada, teatralizada no dia a dia. É muito fácil mirar os problemas da falsa moral social: bastando apenas olharmos para o espelho e o reflexo.

A pergunta que emerge neste contexto poderá ser: qual a forma de organização social mais compatível e harmônica com os ideais de liberdade causando por consequência a atualização e o rompimento dos paradigmas da falsa moral?


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Este trabalho faz parte de uma série de textos que estou escrevendo enquanto ouço bandas de Black Metal.
Não se trata-se de uma tradução, mas apenas um exercício imaginativo livre.



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